Membro do MTZ explica a cobrança dos R$23  para cadastrar veículos

As redes sociais, principalmente grupos do aplicativo WhatsApp e do Facebook, tornaram-se palco de calorosas discussões, nos últimos dias, sobre a cobrança dos R$ 23 que a Agência Regional de Desenvolvimento de Mandaguari (ARD) faz com o cadastro e recadastramento dos veículos, com placas de Mandaguari, que utilizam a Praca de Pedágio local, para se ter os 80% de desconto do preço do pedágio da concessionária Viapar.

O Correio de Notícias conversou com Alexandre Stroher, que é membro da Câmara Setorial Mandaguari Tarifa Zero, que faz parte da ARD, e ele explicou toda a situação. “Os R$ 23 não é obrigatório. Faz o cadastro quem quiser usar a praça de pedágio. Os veículos que tem placas de Mandaguari podem passar quantas vezes for necessário pela Estrada Terra Roxa, que foi, na minha opinião, a maior vitória do povo mandaguariense nesses 82 anos de história”, iniciou Stroher.

“Após essa conquista, a Viapar exigiu que veículos fossem cadastrados para terem o desconto. No início, era necessário ir na Prefeitura fazer toda a documentação, porém não é a função da prefeitura fazer isso. Foi uma confusão toda. Muitos cadastros foram perdidos, algo que gerou um transtorno muito grande. Com isso, o Orivaldo Siquinelli, Charles Moia, Wagner Guiraldelli, Carlos Augusto, que também foram pessoas que estavam à frente do MTZ, devido às suas capacidades de administrar e serem pessoas que prestam grandes serviços a nossa sociedade, foram eleitos para a diretoria da ARD, e trouxeram para a agência toda essa operação de cadastros, profissionalizando os serviços que são oferecidos o ano todo não apenas no período de recadastramento”, explicou.

Alexandre deixou claro em sua fala que todos os membros da diretoria da ARD não recebem salários. “Após a eleição da nova diretoria, a Prefeitura Municipal de Mandaguari cancelou a parceria que tinha com a agência, o motivo deste corte para mim não está claro até hoje e o valor que era destinado para a ARD foi cortado. Não temos fonte de renda, porém demos que manter toda uma estrutura, que abriga a própria ARD, a Câmara Setorial MTZ e o Conselho de Segurança Pioneiros, além de ter que pagar os funcionários, cursos e outras atividades ao longo do ano”.

“Então, a Viapar exigiu que veículos fossem cadastrados anualmente, para que se evitem fraudes. Pois, existem pessoas de outras cidades, que compram os carros de Mandaguari, e não trocam a targeta, fraudando todo o sistema. Esses R$ 23, que divido ao longo do ano não dá 2 reais por mês, é para manter a estrutura anualmente pagando funcionários, água, luz, aluguel e demais encargos. Mas como foi dito, não é obrigatório, temos a Terra Roxa, nossa maior vitória”.

Stroher ainda confirma: “Existem muitos detalhes dessa luta toda e que a sociedade não conhece, como por exemplo que a Viapar queria forçar o cadastramento para os usuários da Terra Roxa, e esse foi um fato que alongou mais a luta. A briga do MTZ sempre foi em torno da Terra Roxa Livre. Os 80% de desconto foi um brinde que foi conquistado, pois a Viapar queria dar apenas 50%. Como tal tem algumas obrigações como o cadastramento”, finalizou.

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