Um jornal local acusou o empresário Marcos Jovino (PSB), de ser o responsável pela crise política que está acontecendo em Mandaguari. Um dos parceiros na campanha de reeleição do prefeito Romualdo Batista (PDT), em 2016, Marquinhos da Garagem, como é conhecido, não faz mais parte da base de sustentação do governo.
A reportagem procurou o presidente do PSB local, e foi recebida pelo mesmo, que explicou a situação. “Diferente do que andam dizendo por aí, nosso grupo político não quer nada a força. Nosso intuito é procurar ajudar a fazer uma cidade melhor”, comentou o empresário.
“Nos últimos anos, devido ao meu bom relacionamento com o deputado estadual Tiago Amaral, que é do meu partido, e que representa o município de Mandaguari, fui diversas vezes para Curitiba, discutimos e pedimos vários recursos para o município. As viagens foram com o meu dinheiro. Trabalhamos para o município. Levamos o prefeito diversas vezes, e que o Batistão possa me desmentir se isso for mentira. O maior montante de recursos que a gestão recebeu foi do Tiago”, explicou Marquinhos.
“Não é por conta de dinheiro que fechamos ou não parceria com o prefeito. Não estou de acordo com o modo que o Batistão está fazendo o segundo mandato dele. Para se ter ideia, ouvi dizer que o meu sócio, nos diversos empreendimentos que eu tenho, o vice-prefeito Ari Stroher está pensando em renunciar”, disse.
Apesar de não fazer mais parte do grupo de sustentação de Batistão, Marquinhos continua a trabalhar para Mandaguari. “O prefeito sabe que tem as portas abertas no gabinete do Tiago. Eu conversei com o deputado, expliquei que assim como a maioria da população, não concordo com o aumento do salário, e isso foi o ápice da crise, mas mesmo assim, era para ele atendê-lo como sempre fez e vai continuar fazendo. Essa semana o Tiago recebeu o prefeito e a comitiva que foi até Curitiba. Nosso grupo não quer guerra, e sim um Mandaguari melhor, com pessoas capacitadas para trabalhar em favor da população”.
“Vou continuar ajudando as pessoas que me procuram. Nunca virei as costas para os mais necessitados. Só lembrar o caso da menina Ester, que teve o corpo queimado na churrasqueira. Eu, juntamente com o deputado Tiago, arrumamos o hospital de excelência e também o transporte. Tivemos o caso da senhora Leila, filha do senhor Pedro Marino, que fez cirurgia no rim, e que ajudamos nos custos de todo o procedimento. Ajudamos a viabilizar uma UTI para o senhor José Peres, infelizmente ele morreu, porém corremos atrás, enquanto existe muita burocracia. Isso é recurso do meu bolso”.
Marquinhos comenta ainda que é uma pessoa decidida em seus ideias, e que o posicionamento adotado por Batistão atrasa o município de Mandaguari. “Durante os oito anos de mandatos do Cileninho, meu grupo político foi contra. Estávamos certos disso, até que o grupo dele perdeu com uma porcentagem histórica nas eleiçõesde 2016. Hoje estamos observando a mesma situação no atual prefeito. São acordos pontuais com a imprensa, são obras inacabadas, e a população revoltada, sem saúde, esporte e outras situações”.
“Diferente do que esse repórter estelionatário, que promete fazer sorteio de moto e não cumpre com a palavra, eu não sou o pivô da crise que assola Mandaguari. Não sou o prefeito. Quero ver as coisas caminhando muito bem na cidade. Se o prefeito se preocupa com alguma situação de investigações, ele que se resolva, não coloque a culpa em mim”, falou Marquinhos.
“Imagino que o prefeito está preocupado em montar uma nova base de aliados para escapar de possíveis processos, que ele não coloque a culpa em mim. Que ele apenas analise a sua consciência”, finalizou.
Foto: Sérgio Ferreira / Mandaguari Online