Promotor sugere exoneração de funcionário investigado

O promotor de Justiça, Vilmar Antônio Fonseca, emitiu no mês de março, uma recomendação para que a Prefeitura de Mandaguari fizesse a exoneração do assessor Especial de Governo, Adinaldo Jesus Bocchi.

Ele é alvo de pelo menos três procedimentos de investigação do Ministério Público, sendo inclusive uma do ano de 2018. Por conta disso foi recomendado o seu afastamento do funcionalismo público.

Em entrevista para o Correio de Notícias, o promotor não deu maiores detalhes sobre o caso. “No momento não posso falar sobre essas acusações. Estamos montando todo o processo e apenas quando as denúncias forem apresentadas ao Judiciário é que poderemos explicar cada uma delas”, disse.

Bocchi foi contratado para trabalhar na Prefeitura de Mandaguari, na primeira gestão do governo Romualdo Batista. Passou pela diretoria de Compras e Licitações, entre o período de janeiro de 2013 até agosto de 2014, sendo essa época que surgiram as primeiras denúncias.

O caso chegou até as mãos de Batistão, que ao invés de exonerá-lo, o promoveu de cargo, sendo que em setembro de 2014 até o dia 13 de outubro do mesmo ano, foi o secretário de Governo, sendo essa função uma das mais importantes, abaixo apenas do prefeito, dentro da prefeitura. Após esse período, o acusado voltou para o setor de Compras e Licitações, ficando na função até fevereiro de 2016, sendo ele assessor Especial Administrativo.

Durante 2016, ano eleitoral, em que Batistão foi reeleito prefeito de Mandaguari, Bocchi foi diretor de Turismo. E nessa segunda gestão do pedetista, ele se tornou o assessor da secretária de Governo e primeira-dama do município, Vâine Michelan.

Após a recomendação da exoneração, a prefeitura instaurou uma comissão interna para apurar os fatos. Algumas pessoas foram ouvidas. Bocchi ficou de férias no mês de março. Após esse período, retornou às suas atividades no Executivo.

Fontes do Correio de Notícias dentro da Prefeitura Municipal afirmam categoricamente que a primeira-dama teria “enfrentado” as ordens do promotor e que não tem pretensão de exonerá-lo do cargo. “O Adinaldo sabe de muita coisa que se passa ali dentro. Tanto ele, quanto a mulher dele, participaram ativamente da campanha de reeleição do Batistão. Todo mundo sabe que se ele sair e abrir a boca, muitas pessoas sairão da prefeitura algemados”, informou uma das fontes.

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