Paraná confirma dois casos de intoxicação por bebida adulterada

Dois casos de intoxicação por metanol foram confirmados neste domingo (5) no Paraná, segundo informações do governo estadual. As vítimas são dois homens, de 60 e 71 anos, moradores de Curitiba, que apresentaram sintomas graves após consumir bebida alcoólica adulterada.

A confirmação veio após exames laboratoriais que detectaram a presença da substância tóxica no sangue dos pacientes. Segundo o Ministério da Saúde, até a noite de sábado (4), o país contabilizava 14 casos confirmados e 181 suspeitos. Com os novos registros no Paraná, o número nacional subiu para 16 confirmações.

Há ainda um terceiro caso em investigação, em Foz do Iguaçu, também relacionado ao possível consumo de bebida contaminada.

Investigações em andamento

As Secretarias da Saúde (Sesa) e da Segurança Pública (Sesp) do Paraná intensificaram as ações de rastreamento da origem das bebidas. A Polícia Civil e a Polícia Científica realizam perícias e vistorias em locais suspeitos de comercialização irregular.

Em Curitiba, agentes da Vigilância Sanitária e da PCPR apreenderam garrafas suspeitas no local onde um dos pacientes teria adquirido o produto. As amostras estão sendo analisadas em laboratório.

Segundo a principal linha de investigação, há indícios de que um dos pacientes possa ter misturado álcool combustível (etanol automotivo) à bebida que consumiu, o que teria provocado a intoxicação. Mesmo assim, as autoridades não descartam a hipótese de pontos de venda ilegais.

Risco extremo

A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica grave. Quando ingerido, o composto é metabolizado no organismo em formaldeído e ácido fórmico, substâncias que podem causar cegueira e morte.

Os principais sintomas incluem visão turva, náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese intensa. Em caso de suspeita, é essencial procurar atendimento médico imediato e entrar em contato com os serviços de emergência.

As autoridades reforçam que qualquer atraso no atendimento pode ser fatal. Além disso, pessoas que consumiram bebidas do mesmo lote devem ser identificadas e orientadas a procurar um serviço de saúde para avaliação.